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Epifania


Epifania

          Tenho me sentido melhor depois que comecei a escrever compulsivamente. Tem muita coisa que eu não consigo falar, não consigo simplesmente colocar para fora ou vomitar – como deveria. Tem muita coisa que eu não consigo contar, perguntar ou demonstrar... E aí começo a escrever. Talvez eu devesse até agradecer por ser assim, afinal de contas, mas então me pergunto: Escrevo para externalizar ou externalizo por escrever? Eis a questão.
         Escrever é um dom de Deus, um presente destinado as almas inquietas, insatisfeitas e cheias de vontade de criar – histórias, sonhos, memórias, mundos, fundos, pessoas, situações, emoções e o que mais bater à porta de nossos – bagunçados – corações. Não há limites para o poder da imaginação aliada a sensibilidade e ao tato do escritor, para percebe-la e converte-la em algo palpável. É assim que se transforma o intangível em matéria. É. Olhando por esse ângulo, acho que realmente externalizo por escrever. Para mim, questão resolvida. E quanto a você?
         Apesar de tudo isso, as ideias nunca são nossas, essa é a verdade. Não. Elas chegam em nossa mente, mas ninguém sabe de onde vêm e muito menos para onde vão quando fogem na velocidade da luz. Já me cansei de perder criações que simplesmente se esvaíram. Evaporaram, evanesceram. Será que as ideias que deixamos passar vão parar na mente de outro escritor ou compositor, que terá a chance de concretizá-las? Será que esse universo criativo fica pulando de galho em galho, oportunizando inovações para todos aqueles que lhe abrem as portas e atentam à sua voz?
         Eu não faço a menor ideia – risos. E é justamente por isso que tenho andado sempre com um bloquinho de anotações, além de deixar algum espaço disponível no gravador de áudio do celular e manter o computador ligado na maior parte do tempo: quando ela vem, ou você anota, ou você perde em fração de segundos. Pois é. Ou você começa a organizar sua vida como escritor, ou todo seu potencial de criação ficará eternamente perdida em sua mente, ou até pior, no buraco negro das ideias perdidas – será que esse lugar existe? Um acúmulo de ideias abandonadas ou desperdiçadas em algum lugar do cosmo? Que bizarro!

  •          Mas enfim, como eu ia dizendo... Parece que minha mente e coração estão mais aqui do que no mundo lá fora, nestas páginas e mais páginas que arranco do âmago e tento organizar para que vocês possam ler-me. Será que, ao me ler, alguém aí consegue me compreender? Me desculpem se eu estiver sendo inquisitivo demais, mas preciso usar esse espaço para externar um pouco de todas as preocupações que se passam aqui dentro, porque, apesar de conseguir escrever, às vezes ainda não consigo me explicar ou me expressar adequadamente – nem para mim e muito menos para vocês. Me desculpem, outra vez. 
            

    Leonardo S. C. Campos  
    leonardosccampos.escritor@outlook.com
    @textoporcontexto  
    (42) 99985-5994


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