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Entrevista do mês com Escritor: Leonardo S.C. Campos no papo com o escritor.


Entrevista do mês com Leonardo S.C. Campos no papo com o escritor.


1- Como é ser escritor nos dias atuais?
R: Ser escritor nos dias atuais é, ao mesmo tempo, uma grande honra e um grande desafio. É uma honra porque nunca antes viveu-se uma época com tantas oportunidades e com um fluxo tão grande de (troca) de informações. Quase tudo é instantâneo, o que torna mais fácil para o escritor a famigerada missão de alcançar o leitor, onde quer que ele ou ela esteja e quem quer que seja. Por outro lado, é um desafio por vivermos na famosa era digital. Pouquíssimas pessoas ainda se interessam pela literatura e utilizam seu tempo livre com livros e afins (ao menos no Brasil). A quantidade de distrações e entretenimento são incontáveis e vão levando embora para outros atrativos nossos queridos leitores. Em síntese, a honra e o desafio misturam-se na mesma questão, a tecnologia. Santa e maldita tecnologia.

2- Quando você percebeu que queria ser escritor?
R: O sonho sempre existiu, desde muito pequeno. Viver das palavras parecia uma realidade distante, quase impossível à minha cabeça de onze anos de idade. Também parecia algo místico demais para ser real. Com o passar do tempo, a vida foi tomando rumos diversos, mas aquela ânsia de escrever continuou martelando aqui dentro, até o dia em que finalmente me permiti transbordar, e foi quando compreendi: pois é. sou escritor. Acho que sempre fui.

3- Como é a sua rotina para escrever?
R: Minha rotina é uma loucura, faço muitas coisas ao mesmo tempo, o que acaba me sugando em boa parte do dia e da noite. Porém, procuro escrever pelo menos um pouquinho que seja, nem que seja apenas um poema. Escrever é como andar de bicicleta: a gente nunca se esquece de como fazer, mas se ficar muito tempo parado inevitavelmente vamos enferrujando - e eu já sou ruivo, então é melhor não correr esse risco. Hehe.

4- Qual o conselho você daria para quem quer ser um bom escritor?
R: Comece e persista, apenas comece e persista. Tudo nessa vida é assim. Aqueles que alcançaram grandes patamares e alçaram grandes voos tiveram que começar um dia. E foi o que eles fizeram, com aquilo que tinham a disposição, dando seu melhor da forma que era possível para o momento. Escrever é um dom, como tantos outros, mas também é um processo, onde a evolução é constante. Você precisa ter "jeito para a coisa", mas apenas isso não é suficiente. Portanto, comece! É apenas escrevendo que sua escrita vai evoluir. Stephen King era zelador antes da fama, George R. R. Martin foi rejeitado inúmeras vezes antes da fama, fora outros tantos, mas eles conseguiram. Então comece hoje com o que você tem e não pare por nada! A consequência de um bom trabalho acompanhado de uma boa dose de persistência chama-se sucesso.

5- Qual a sua maior inspiração para escrever?
R: Poxa vida, são tantas que fica até difícil escolher apenas uma kkk... Acredito que minhas maiores inspirações, hoje, são Harlan Coben, Dan Brown e Ken Follett. Mas já fui "viciado" em vários autores, como: George Martin, Stephen King, JK Rowling, Fiódor Dostoiévski, Vitor Hugo, etc... O escritor é uma verdadeira esponja que absorve um pouquinho de cada estilo e gênero para formar seu próprio traço. Isso significa que é impossível apontar uma única inspiração para escrever, me desculpem. Hehe.

6- Livro digital ou físico?
R: FÍSICO, SEM DÚVIDA. Sempre tive uma aversão tremenda à leitura digital, sempre me fez mal. Porém, nos últimos meses acabei cedendo um pouco e comprei um Kindle. Achei fascinante como imita bem o papel, não agride os olhos e transporta milhares de livros ao mesmo tempo. Precisamos admitir que é uma evolução tentadora e muito prática! Eu acabo usando sempre que viajo, mas se estou tranquilo em casa, ainda prefiro o livro físico.

7- LIVRO combina com...?
R: Café! Pelo amor de Deus, um não existe sem o outro! kkk.

8- Como você escolhe o tema para os seus livros?
R: Isso é bastante engraçado, na verdade. Minha criatividade trabalha de um jeito interessante e pouco usual (acredito). Eu preciso criar CAPAS para os livros. Sim, isso mesmo! Eu me sento em frente ao computador e começo a criar a capa, logo em seguida surge o título e, por fim, vai surgindo a ideia central, o esqueleto da obra. Estou rumando para o Thriller/suspense policial e já tenho umas 15 capas prontas! Agora vocês já sabem o que isso significa. Hehe

9- Como escritor, quando olha para trás, qual a sua maior satisfação?
R: Justamente a de ter decidido começar. Motivos para não tirarmos os nossos sonhos do papel (ou colocá-los no papel, nesse caso) nós temos de monte. Quando conseguimos transpor as barreiras do medo e avançar, tornando palpável o que antes era apenas uma ideia intangível, a satisfação e o sentimento de dever cumprido são inevitáveis.


10- O melhor lugar para escrever?
R: Em uma casa de campo, cercado pela natureza e seus sons característicos, sozinho, acompanhado apenas de bastante queijo e um bom vinho. Talvez em uma casa de praia, no alto de uma colina, também sozinho ou com alguém que compreenda a beleza e a necessidade do silêncio para a mente criadora. A solitude é necessária para o escritor, é apenas nela que ideias primorosas afloram, no silêncio, na calma, quando o único som que se escuta é o "tectectec" do teclado e o sibilar do mar ou do riacho. Mas um ambiente desses não é para meros mortais, não é mesmo?! Enquanto não chegamos nesse patamar de best-sellers, vamos escrevendo no meio da agitação e do caos das nossas casas e do trabalho. É como diz o ditado: quem não tem cão, caça com gato. Hehe.

11- Você se inspira em algum autor(a)?
R: Respondi isso na questão 05. Acho que confundi a pergunta anterior sobre inspiração, veja só que coisa. A interpretação de texto me sacaneando em um momento desses. Risos.

12- Como administra o seu tempo para escrever?
R: Isso tem sido quase uma missão impossível. Sou advogado, também trabalho com meu pai na loja dele, fora outras pequenas atividades diárias. Entretanto, como já disse anteriormente, procuro escrever ao menos um pouco por dia. Gostaria de ter tempo para escrever muito mais, minha vontade era gastar três teclados por mês, mas ainda não dá para acordar e dormir só escrevendo. Precisamos pagar as contas, não é mesmo?!

13- Para escrever bem é necessário...(complete a frase)
R: Praticar. Tudo nessa vida, para ser bem feito, exige prática, repetição, tempo, dedicação, tentativa e erro, até restar apenas o acerto. E quando você estiver acertando cem em cem, continue praticando para manter esse nível, senão, vai voltar a fracassar. Isso é inevitável. Isso é a vida.

14- Como você divulga os seus livros?
R: Por enquanto, apenas pelas redes sociais e em grupos de amigos. No futuro, pretendo separar um dinheiro para investir no marketing dos meus próximos livros. 

15- Me fale um pouco sobre o seu último projeto, "SINAPSE SOCIAL"
R: Sinapse Social surgiu justamente dessa descoberta de "ser escritor". A angústia me dominava de um modo que eu não conseguia compreender, não sabia o que estava acontecendo comigo, até que comecei a colocar para fora em forma de textos soltos e aleatórios, algumas crônicas, poemas e contos. Após a primeira noite de escrita, o alívio foi imediato. Eu finalmente havia encontrado a razão da minha inquietude interna! Com isso em mente, tornei um hábito chegar em casa após o trabalho escrever, qualquer coisa, não importava o tema e nem a quantidade, eu apenas sabia que precisava escrever minha cota do dia para o meu próprio bem e por algum propósito maior. E assim, Sinapse Social foi tomando corpo. No início, não havia intenção em publicar tudo isso em forma de livro, eram apenas desabafos e coisas aleatórias, mas quando me dei conta, tinha conteúdo suficiente para ser um livro de verdade! Foi quando sonhei com a palavra "sinapse" e acordei com a ideia para uma nova crônica, a qual acabou por ser também o título da obra: "Sinapse Social". O livro é justamente isso, um emaranhado de devaneios desapegado de formas, oriundos de um momento específico da minha vida, uma fase de transição, um ciclo. Finalizar e publicar Sinapse Social realmente foi como encerrar um ciclo para que outro fosse iniciado e para que eu finalmente começasse a me enxergar como aquilo que nasci para ser: escritor.

E qual é o próximo passo? Bem, o próximo passo chama-se "Rastro Abissal". Será meu primeiro Thriller, ou suspense policial, como preferir. Ele surgiu dessa minha vontade de seguir em frente e procurar evoluir. Sinapse Social é meu primeiro livro lançado, logicamente, mas Rastro Abissal será o meu primeiro livro nessa linha do suspense. Assim como todos os outros, a ideia de Rastro Abissal surgiu enquanto eu brincava de montar uma capa de livro. Foi uma espécie de epifania: a ideia surgiu quase pronta na minha cabeça e comecei a escrever no mesmo dia. Já estamos com 20 capítulos prontos (aproximadamente 300 páginas diagramadas) e acredito que muito em breve estarei finalizando a obra. 2022 deve trazer uma nova publicação, assim espero! Já vai anotando aí o nome de "Rastro Abissal" para não deixar de comprar quando lançar, você não vai se arrepender.

16- Escrever é... (complete a frase)
R: Oxigênio.


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